Ciência Cidadã em prol da onça-pintada

A ciência cidadã consiste na parceria entre amadores e cientistas na coleta de dados para a pesquisa científica, utilizando metodologias participativas desenvolvidas por cidadãos ou em colaboração com pesquisadores profissionais para ampliar a participação do público na gestão ambiental, onde qualquer pessoa em qualquer lugar pode submeter as suas informações através de internet mediante aplicativos e celulares. Uma ferramenta científica eficiente, que gera muitos dados com pouco investimento. Os “cidadãos cientistas” são voluntários que documentam registros de onça-pintada Brasil afora e encaminham para os pesquisadores do Instituto Onça-Pintada. Essas informações são apuradas e inseridas em um Banco de Dados da espécie mantido pelo IOP. Os resultados acumulados através dessa contribuição são analisados e publicados periodicamente.

Certificado Onça-Pintada

Valorizando quem contribui com a conservação do maior Felino das Américas Existe um amplo apelo em âmbito mundial para o desenvolvimento de práticas agropecuárias sustentáveis quanto ao uso de recursos naturais e à proteção do meio ambiente. O Instituto Onça-Pintada reconhece que as propriedades rurais produtivas podem e devem suprir essa demanda, contribuindo para a conservação da biodiversidade, do solo, da água, da manutenção de todos os serviços ecossistêmicos. A implantação de um modelo de propriedade produtiva como o proposto “Certificado Onça-Pintada”, tem por meta ajustar as ações e condutas que possibilitem assegurar uma melhor convivência entre proprietários rurais e a onça-pintada. Salvar essa espécie da extinção é um dever de toda a sociedade, cabendo aos proprietários de terras, a liderança na tomada de decisões que determinarão o êxito ou o fracasso dessa empreitada que envolve e será igualmente apreciada pelas futuras gerações. A iniciativa do IOP em certificar empreendimentos rurais que promovam a conservação da onça-pintada é pioneira no país e no mundo. O Certificado Onça-Pintada é direcionado a produtores rurais, empreendimentos ou prestadores de serviço que estejam estabelecidos em áreas de ocorrência da onça-pintada, cujas práticas sustentáveis contribuam para a sua conservação. A certificação é um processo voluntário, passível de ser adotado por aqueles que se preocupam em contribuir para a conservação da espécie, e do meio ambiente em geral. No Brasil, cerca de 75% da distribuição da onça-pintada está em terras privadas, que representam cerca de 60% do território brasileiro. Ao passo que as Unidades de Conservação de Proteção Integral  representam em área, um percentual inferior a 10% do país, não sendo grandes o suficiente para garantir a viabilidade genética de populações de onças-pintadas em longo prazo, caso permaneçam isoladas. Para haver troca de material genético, fundamental à sobrevivência da espécie, as diferentes populações necessitam transitar entre paisagens ocupadas por fazendas ou empreendimentos rurais. Você pode contribuir com esse esforço, privilegiando o consumo de produtos “Certificado Onça-Pintada”. O que é preciso para obter o Certificado Onça-Pintada? •   Operar uma propriedade rural, explorar um produto ou desenvolver uma atividade em ambiente rural dentro da área de ocorrência da espécie; •   Estar em conformidade com a legislação ambiental; •   Comprometer-se a observar e seguir o Sistema de Gestão Ambiental do Certificado elaborado pelo Instituto Onça-Pintada, viabilizando a presença e a conservação da espécie nos limites da propriedade a ser certificada.

Criadouro Conservacionista do Instituto Onça-Pintada ⇾

Desde 2009, o IOP, através de seu Criadouro Científico com finalidade de Conservação, acolhe e mantêm animais órfãos, vítimas de conflitos com humanos ou tráfico, e que necessitam de cuidados urgentes para sobreviver. “Nós, como conservacionistas e cuidadores, primamos por oferecer a eles as melhores condições de conforto e toda nossa atenção. Em sua maioria, chegam filhotes e necessitam de cuidados intensivos para sobreviver e se manter saudáveis. Para isso, nos empenhamos na construção e manutenção de recintos confortáveis e espaçosos, garantindo o melhor bem-estar possível a cada um deles. Desde o princípio, investimos no desenvolvimento dos melhores protocolos de manejo e reprodução, fortalecendo as ações de conservação “ex situ” (esforços de conservação realizados fora do ambiente natural das espécies).”  A manutenção do Criadouro é realizada pelos biólogos Anah Jácomo e Leandro Silveira, e conta com a ajuda de voluntários e doação de pessoas que se identificam com a causa e missão. Hoje, o Criadouro abriga espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, o lobo-guará, cervo-do-pantanal, macaco-aranha, harpia, entre outras, e aquelas com pouca ou quase nenhuma informação, como a pacarana ou paca-de-rabo, cuja distribuição está restrita ao norte do Brasil. As onças-pintadas órfãs, cuidadas pelo IOP, são, em sua maioria, vítimas de conflitos com humanos, e tiveram suas mães mortas em retaliação a prejuízos causados à criação de animais domésticos. Os gastos do Criadouro giram em torno de medicamentos, alimentação, manutenção/construção de recintos, transporte para a chegada de novos órfãos, manutenção de um biólogo, entre outros. Todo recurso é aplicado integralmente na execução de nossa missão. A sua contribuição é muito importante e nos ajudará a manter com dignidade, os animais que aqui vivem. Obrigada!

Ecologia e Conservação do Tatu-Canastra no Cerrado do Brasil Central

Este estudo tem como objetivos gerais levantar informações sobre a ecologia do tatu-canastra e identificar as ameaças à sua conservação na região do Parque Nacional das Emas e propriedades rurais do seu entorno. Foram utilizadas armadilhas fotográficas para a estimativa de densidade, padrão de atividade e uso de habitat. O conjunto das informações obtidas neste estudo permitiram caracterizar o perfil ecológico do tatu-canastra e destacar as exigências básicas para sua conservação. Sete indivíduos foram capturados para a marcação e/ou colocação de rádio transmissor, permitindo obter informações sobre a área de vida, padrão de atividade e uso de habitat pela espécie. Armadilhas fotográficas foram instaladas para uma estimativa de densidade da espécie no Parque e conhecimento do seu padrão de atividade. Dados revelaram que a espécie é amplamente distribuída no Parque.

Ecologia, Manejo E Conservação da Ariranha na região do Rio Araguaia

A ariranha (Pteronura brasiliensis), pertencente à Família Mustelidae, é a maior lontra de rio, é um dos maiores carnívoros terrestres da América do Sul. Sua distribuição geográfica se estende originalmente desde o Suriname até o Norte da Argentina. A espécie encontra-se oficialmente listada como ameaçada de extinção pela IUCN (2018) e pelo MMA (2022). A maior causa do desaparecimento da espécie é a caça resultante de conflitos com comunidades de pescadores ribeirinhos. A poluição de rios também pode estar contribuindo para o declínio de algumas populações de ariranha. Gutlieb et al. (1997) levantam a possibilidade de efeitos nocivos da poluição por mercúrio oriundo de garimpos de ouro no Peru. Este projeto vem sendo realizado na região do Rio Araguaia: na Área de Proteção Ambiental Meandros do Rio Araguaia, com 357.126 hectares, localizada nos estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins, em torno de uma região central do ecossistema do rio Araguaia e, na Reserva Extrativista Lago de Cedro, localizada no município de Aruanã-GO, também ao longo do Rio Araguaia. Ambas as áreas estão situadas dentro do Bioma Cerrado, e abrigam altas densidades de ariranhas. Desde 2007, o Instituto Onça-Pintada e o INPA realizam estudos de ariranhas com a técnica da radio-telemetria com sucesso na região do Parque Estadual do Cantão- TO e na região mencionada. Os animais monitorados até o momento apresentaram área de vida entre 4,62 km² e 16,25 km² e padrão de atividade diurno das 6:15 às 18:15. A continuação do estudo proporcionará mais conhecimento sobre a ecologia, situação genética e sanitária da espécie na região, e esses dados auxiliarão na conservação da espécie. As informações geradas também permitirão delimitar de forma adequada áreas que deverão ser incorporadas no delineamento de futuras unidades de conservação com vistas à manutenção de populações estáveis de P. brasiliensis, o que trará benefícios conservacionistas não somente as ariranhas, mas a todos os ambientes e espécies a ela associado.

Ecologia e conservação da pacarana

A pacarana (Dinomys branickii), uma espécie pouco conhecida, é o terceiro maior roedor do mundo e sua distribuição inclui a Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e norte do Brasil. Vive em grupos compostos por um par de adultos e suas crias. Este projeto tem duas linhas de atuação: A conservação in situ, que ocorre no ambiente natural da espécie e a conservação ex situ, que ocorre em cativeiro. Na natureza, os objetivos são conhecer as demandas ecológicas e de conservação da pacarana, o que inclui investigar o impacto da caça de subsistência, assim como, a retaliação humana sobre a espécie em decorrência de eventuais prejuízos que causam em plantações. Em cativeiro, os objetivos são estudar as relações de cuidado parental; desenvolver protocolos de manejo alimentar, reprodutivo e sanitário; desenvolver as melhores estruturas de recinto e estabelecer o primeiro plantel reprodutivo de pacarana, por meio do Criadouro Científico Instituto Onça-Pintada.

Projeto Onça Social

 O impacto da predação de onças-pintadas sobre rebanhos domésticos vem sendo documentado, e quantificado ao longo de suas áreas de distribuição e a consequente retaliação sobre os animais predadores tem sido destacada como uma das principais ameaças à conservação dessas espécies. Assim, programas que envolvessem um diagnóstico da situação, bem como medidas de manejo que auxiliassem na busca de soluções para o problema da predação deveriam ser implantados de forma a assegurar uma coexistência pacífica entre o predador e o homem e, consequentemente, a sua conservação. O Projeto Onça Social foi um segmento do Programa de Monitoramento de Longa Duração da População de Onça-pintada no Pantanal do Rio Negro-Aquidauana-Miranda, e teve como objetivo levantar informações científicas a respeito da predação de onças-pintadas sobre o rebanho bovino e atuar diretamente com a comunidade compensando financeiramente aos proprietários pelas perdas do rebanho predado pelas onças e, propiciar assistência médica e odontológica gratuitas aos funcionários das fazendas parceiras. O Projeto teve início em setembro de 2002 em 13 propriedades rurais na região da RPPN Fazenda Rio Negro.Fforam realizados diagnósticos para o problema, propostas e implementações de ações de manejo para auxiliar na conservação da espécie na região, trabalhando em parceria com a comunidade de produtores rurais e funcionários das propriedades, através de ações sociais.  O estudo investigou e caracterizou a dinâmica da predação do gado por onças, avaliou seu impacto econômico na área de estudo, aplicou medidas de manejo e contribuiu para a melhoria da qualidade de vida de funcionários das propriedades parceiras. Paralelamente foi desenvolvido um estudo da ecologia populacional de onças-pintadas na região. Como medida de compensação financeira, o IOP se comprometeu a compensar financeiramente cada cabeça de gado comprovadamente abatida por onças. O valor pago foi pré-estabelecido e acordado entre o IOP e os proprietários das fazendas parceiras. Em contrapartida, os proprietários assinam um contrato onde se comprometem a não abater as onças sob nenhuma circunstância durante a vigência do projeto. Ação Social O Projeto propiciou aos funcionários das propriedades parceiras assistência médica e odontológica preventiva e de diagnóstico gratuitas em campanhas pré-programadas nas propriedades. Cada campanha teve a participação de um profissional de educação ambiental que realizou com a comunidade um trabalho de informação e conscientização. As atividades sociais foram realizadas através de parceria com a UNIDERP. O monitoramento das onças-pintadas abrangeu as 13 propriedades rurais parceiras. Uma combinação de métodos diretos (armadilhas fotográficas, captura, rádio-telemetria e observação direta) e indiretos (rastros e entrevistas com moradores) foi utilizada para mapear a distribuição e abundância de onças e suas principais presas na região do estudo. Um total de 100 armadilhas fotográficas foram distribuídas ao longo de trilhas naturais. Os registros fotográficos das onças-pintadas foram utilizados como um método de contagem dos indivíduos. Durante o estudo, 25 onças-pintadas foram capturadas e equipadas com rádio-transmissores. As 13 propriedades rurais integrantes do Projeto Onça-Pintada – Pantanal abrangem uma área superior a 210.000 hectares, que somados aos 75.000 hectares do Parque Estadual do Rio Negro, representam a maior área de proteção para a onça-pintada no bioma Pantanal, com aproximadamente 300.000 hectares. Os resultados deste projeto são modelo para a conservação da onça-pintada em áreas privadas do Pantanal e em outras áreas de sua ocorrência, permitindo a sua coexistência com produções pecuárias e o homem. Faça parte desta transformação Faça uma doação Junte-se a nós. Só assim vamos fazer a diferença! Apoiar esta Causa ⇾ Quer saber mais sobre o Instituto Onça-Pintada? Reservamos aqui ao lado uma área com as perguntas mais respondidas, talvez sua dúvida seja uma delas? Dê uma olhada e caso não encontre a resposta desejada basta clicar no botão logo aqui abaixo! Fale com a gente ao vivo ⇾ • Qual o motivo da existência do Instituto Onça-Pintada? Conservar a onça-pintada vivendo em harmonia em seu ambiente, é uma tarefa árdua que implica no conhecimento sobre a espécie, sobre as ameaças que ela sofre, sobre como podemos contribuir para solucionar os problemas que afetam diretamente à sua conservação, e principalmente sobre a importância que ela exerce na qualidade de vida de todos nós. Esta tarefa não deveria ser vista ou entendida como um dever e uma obrigação de ambientalistas, mas sim de todos os segmentos da sociedade. Somos humildes porta-vozes desta causa e convidamos você a fazer parte deste grande desafio. Junte-se a nós! • Porque é fundamental a conservação da espécie Onça-Pintada? No Brasil, o IBAMA classificou-a como ameaçada de extinção em 2003. No mundo, como quase ameaçada, pela IUCN em 2008. A Amazônia é atualmente seu maior refúgio. Aproximadamente, metade da distribuição atual da onça-pintada encontra-se em território brasileiro, o que faz do Brasil um país extremamente importante para garantir a conservação da espécie em longo prazo. • Quais as estratégias usadas para minimizar conflitos entre esses predadores e os pecuaristas? O abate de onças-pintadas, em retaliação a prejuízos que elas causam a pecuaristas, continua sendo uma importante ameaça à conservação da espécie. Isso demonstra que, para conservar a onça-pintada não basta manter habitats e presas naturais, mas também minimizar conflitos entre esses predadores e os pecuaristas. Entre 2002 e 2004 o Instituto Onça-Pintada testou um modelo de manejo para o conflito onça-pecuarista, utilizando a compensação financeira para os proprietários e assistência médica para os funcionários de 13 propriedades parceiras (Projeto Onça Social). • Para que serve o (FCOP) Fundo para a Conservação da Onça-Pintada? O Fundo para a Conservação da Onça-Pintada, visa fomentar a implementação de ações proativas que resultem em salvar populações da espécie e seus habitats naturais, no longo prazo.• Para que serve o Certificado Onça-Pintada e por quem pode ser adotado? O Certificado Onça-Pintada é direcionado a produtores rurais, empreendimentos ou prestadores de serviço que estejam estabelecidos em áreas de ocorrência da onça-pintada, cujas práticas sustentáveis contribuam para a sua conservação. A certificação é um processo voluntário, passível de ser adotado por aqueles que se preocupam em contribuir para uma mais efetiva e bem-sucedida conservação da espécie, e do meio ambiente em gera.l

Ecologia, Manejo e Conservação da Ariranha (Pteronura brasiliensis) na região do Parque Estadual do Cantão – TO

 Apesar da ariranha ter importância ecológica como predador topo de teia alimentar e estar entre as espécies ameaçadas de extinção, são escassos os estudos acerca de sua ecologia e conservação. O Parque Estadual do Cantão (PEC), com seus 90.000 hectares de floresta, localiza-se em uma área de transição entre os biomas Amazônia e Cerrado, ao extremo sudoeste do estado do Tocantins, e é uma das últimas grandes áreas conservadas ao longo do Rio Araguaia que abrigam altas densidades de ariranha. Este estudo teve como objetivo geral levantar informações sobre a biologia e a ecologia da ariranha no Parque Estadual do Cantão, assim como levantar informações sobre as ameaças à sua conservação na região. A estimativa da densidade de ariranhas foi realizada com base no número de tocas ativas no PEC.Os trechos de rio foram percorridos e as tocas serão registradas associando a coordenada ao tipo de vegetação.Os animais foram capturados utilizando redes tipo funil que foi armadas na entrada da toca. Dois indivíduos adultos de cinco grupos distintos receberam o transmissor.O transmissor foi implantado na região intraperitoneal. Dados de área de vida, uso de habitat, padrão de atividade foram obtidos através de monitoramento por rádio telemetria.

Ecologia e Conservação da Onça-Pintada na região do Parque Nacional do Viruá – Roraima

O Parque Nacional do Viruá (PNV), apesar de extenso, teve sua população de onça-pintada estimada em cerca de 60 indivíduos, a qual teria uma viabilidade de não mais do que 100 anos (Sollmann et al., 2008). Desta forma, o potencial de conservação da espécie, em longo prazo, na região depende da manutenção da conectividade do PNV com as UCs adjacentes para manter sua integridade. O entorno do Parque Nacional do Viruá foi identificado como uma região onde o abate de indivíduos de onça-pintada é comum. Desta forma é necessário investigar as dimensões e intensidades deste conflito para que estratégias de manejo e conservação possam ser tomadas. O objetivo geral deste projeto foi estudar a ecologia da onça-pintada no PNV e seu entorno e avaliar as principais ameaças para a conservação da espécie em longo prazo nesta região. Dados sobre a abundância e a densidade de onças-pintadas foram coletados utilizando-se armadilhas fotográficas. Os registros de onça-pintada foram analisados com modelos de captura-recaptura, utilizando-se o programa de computador MARK, obtendo-se estimativas da taxa de sobrevivência e de dinâmica populacional. Para o estudo da dieta, foram coletadas fezes, com a ajuda de cães farejadores, de acordo com Vynne et al. (2010). A abundância relativa de espécies-presas das onças-pintadas foi levantada com os registros das armadilhas fotográficas. Para o levantamento de casos de predação de gado por onças-pintadas foram aplicados questionários nas comunidades rurais em torno do parque. Os mesmos questionários foram utilizados para investigar a percepção da comunidade rural da região em relação à onça-pintada..

Impacto da cana-de-açúcar sobre a fauna do Cerrado

Este estudo teve como objetivos realizar um diagnóstico do impacto da cana-de-açúcar sobre espécies bioindicadoras em áreas sob influência das Usinas de Bioenergia situadas na região do Parque Nacional das Emas (PNE), assim como, elaborar e implantar um programa de conservação da biodiversidade dessa região. As espécies: onça-pintada, onça-parda, lobo-guará, anta, queixada, cateto, tamanduá-bandeira, tatu-canastra e ema foram selecionadas como bioindicadoras, por apresentarem requerimentos ecológicos elevados, que englobam as necessidades de diversas outras espécies. O trabalho abrangeu o Diagnóstico, por meio da interpretação de imagens de satélite e mapas de uso do solo para delimitar e caracterizar a vegetação nativa remanescente na área de abrangência das Unidades de Bioenergia. Foram distribuídas 100 armadilhas fotográficas por um período de 8 meses consecutivos. Os registros fotográficos foram analisados anualmente, permitindo o monitoramento em longo prazo da riqueza, abundância e distribuição da comunidade de mamíferos nas áreas amostradas. Também foram realizados censos de vestígios indiretos de mamíferos (rastros e fezes). Os resultados deste estudo mostraram o uso da paisagem alterada pela cultura da cana-de-açúcar, além de possibilitar a identificação de áreas estratégicas para a recomposição da conectividade de habitats. Ao longo do tempo os dados mostraram quais as linhas de atuação e manejo eram necessárias para a conservação e bem estar da biodiversidade nas áreas de influência das Usinas de Bioenergia da região.

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